quarta-feira, 14 de novembro de 2007

TALVEZ

Talvez eu te ame outra vez...
Talvez não é não, não é sim...
é ferida ainda viva dentro de mim!
Mas, agora, ao meu coração ainda não peço uma decisão...
Estou assim!
Prisioneira de mim...
Dorida, por um véu de distância protegida.
Recolhi os pensamentos insanos que eram só por ti.
Virei o rosto ao poema nascente, olhei a solidão de frente... e segui.
Os nossos passos estão em descompasso...
e é ausente o abraço.
Os meus braços, caídos, perderam o formato do enlaço do teu corpo...
A alegria escorreu de mim...
Como pássaro em terra , porque se esqueceu que tem asas.
Sei, sei que não podia ser ainda o fim...
sei, sim...
Mas reencontramo-nos no talvez.
Encruzilhada, por memórias e glórias habitada,
onde cabe o tudo e o nada.

Timidamente, desenho o teu nome na minha boca...
Sem som, sem o calor da minha voz rouca...
Sem entrega nem fuga...
Sem mão que se estende ou que se esconde...
Sem saber quem e o que somos... e onde...
As palavras envolventes, irrequietas, ágeis, juras secretas...
Rasgaram-se em letras isoladas, em sentidos sem sentido...
Nada..

Talvez...
Tu me mostres que estou errada!
E talvez eu te ame outra vez pela primeira vez...

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