terça-feira, 6 de novembro de 2007

O Homem celestial...

O Homem celestial...
Entro para dentro, no vazio infinito da mente universal.
Ordem e harmonia das esferas.
A consciência expande na totalidade,
essência da unidade - Um.
Uma experiência que vibra em níveis superiores de consciência.
O homem celestial manifesta em mim...
Eu entro para dentro...
Mergulho no fundo do oceano
e de lá, Ele emerge...
O oceano de amor é plenitude do centro...
Este oceano me leva nas ondas do silêncio,
para dentro do centro...
Um tornado de luz que me leva e traz de lá,
de dentro...
Uma espiral que expande a consciência,
assim, a "Consciência-Mãe" espelha o universo,
neste lugar é possível traduzí-lo, decodificá-lo...
"nada" do "Nada" sobrou de mim...
O ego vive a morte...
Brahman permanece...
A consciência de dentro vem para fora,
Ele, o ser celestial olha com os meus olhos...
Meus olhos são seus.
Eu vejo além das estrelas.

Minha mente expande em um instrumento que toca a música dos "canticos dos espelhos",
Ele canta em mim...
A harpa reessoa no infinito a linguagem dos anjos...
O "Eu' espelha a matriz de um único Eu.
Uma única consciência há de se entregar plenamente ao Divino,
Aqui não há separação, dualidade, individualismo.
Beber na fonte da plenitude e
assim, "SER o SER"
é um estado de consciência,
espelho da luz, do divino,
virtualidade que emana a Unidade.
A sabedoria é o cristal matriz,
daquele que mudou de nome ;
e, incorporou o nome de Deus.
O UM incorpora em mim o homem celestial,
aciona o movimento da mudança da evolução.
Posso sentir a luz do Sol Central em meu coração.
Eu Sou um viajante das estrelas...
Harmonia com tudo e com todos...
Um vazio de significados que o desejo não controla...
Nada e tudo me leva,
Neste lugar, dentro de mim,
Ele assume o comando do meu barco, do meu destino.
A necessidade está em movimento,
em espiral,
na busca da plenitude.
Silêncio,
uma solidão para o ego,
que emudece pasmado...
Unidade....
Integração alma-corpo-espírito,
uma união no ascender das luzes na rede da vida.
É o fluxo de corrente espiritual no sistema de doze corpos quociente de luz e transformação.
A Estrela de Davi ilumina minha mente,
antena parabólica tradutora da linguagem, dos "signos"
dos sinais que emitem a mente cósmica.
Aqui e agora, a união de muitas almas,
células vivas da circulação da vida,
vibram dentro de mim.
Sintonia da harmonia celestial,
contato com a Alma Divina que emana da unidade,
comunhão de luzes ascesas na ordem cósmica.
A alegria desta uniaõ não tem nome,
é um bailado de anjos, de mãos dadas...
Fusão com o infinito...
Um abraço quente da vida de todas as almas.
Fogo do Espírito Santo que queima a bondade,
no pulsar de infinitos corações no meu, no UM.
Uma energia que me leva à consciencia que Eu Sou uma célula do corpo de Deus...
Centelha divina,
viva da consciência divina.
Plenitude do Silêncio...
É o pulsar de Deus em minhas veias...
Um relâmpago azul ilumina minha coluna...
Shiva brilha e me ama na luz que brilha acima de mim...
Estou no centro...
Alguns segundos...
Uma eternidade que retorna no espaço e no tempo do aqui e agora...
Observo...
como um morto que olha seu corpo...
Sei que este momento de luz, revela minha sombra, que não desaparece, está ali, na sombra da luz.
Olho para meu lado escuro, a consciência me alerta que sempre estarei sempre buscando a Pedra filosofal, o alvo da Grande Obra, do meu caminho...

Observo como a alma namora o Espírito...
Observo no centro a luz e a sombra...
No centro, tudo é ilusão...
No centro está o todo maior e menor...
VAzio de sgnificado , sentido e de formas...

A tradução é impossível na linguagem...

O alvo do processo é experimentar-se a si mesmo como uno; mas, ao mesmo tempo, o ímpeto para viver o aqui e agora, que dá forma ao Divino é constante, uma vez alcançada deve partir-se outra vez numa nova multiplicidade, e o conflito entrará em cena...

O mundo do ego é dual...

Agora, oposso olhar para dentro e retirar o véu das ilusões...
Agora, posso olhar para o espelho da mesquinhês do meu ego-ísmo...
Eu não quero dividir nada com niguém,
acumular é meu lema...
Eu não abro a mão...
Doar, partilhar, comungar com os outros...
Como é difícil?!
O medo e a raiva orquestram a sinfonia da escuridão em minha mente.
"O medo é um depositado na gente."

"Dirse-ia que um mau espírito insufla maus pensamentos à nossa consciência".
"Nós somos uma legião", de pensamentos, de desejos...
Frequêntemente vem sempre, que os chamemos ou procuremos.
A semente do egoísmo está viva, dentro da gente,
pronta para nascer, para contaminar e isolar , regada pelos nossos pensamentos e ambições...
Quanto mais penso, que sou pura, superior, boa, limpa, melhor que os outros mais a ilusão me abraça...
Quando tento vestir uma máscara de humilde, simples, então o ego assume o papel do "salvador, o escolhido, do santo"...

O medo justifica nossas fraquezas, limitações e o desejo de lutar para vencer.
Vivemos com medo de ser vencido,
de ficar na miséria, e necessitamos lutar até morrer, para manter o que temos...
Se nos uníssemos não teríamos medo, a união nos protege do medo e nos ampara.
Posso ver meu lado escuro, sem maquiagem...
A minha escuridão pertence a humanidade que vive em mim...
A minha luz pertence a humanidade que vive em mim...

Agora compreendo a fraqueza humana.
Quanto mais me conheço, mais me aproximo da essência da humanidade.
É uma luta constante...
Como posso deixar a luz passar, se eu estou abraçada no egoísmo, em tudo que tenho, que penso que é meu...

"Seu espírito não está vazio, como é que você quer que eu lhe ensine?"
A liberdade do vazio, nos liberta das nossas crenças, dos apegos, valores e 'verdades..."
" O ser humano está sempre mais preocupado em desejar o mal aos outros, que em fazer o bem si mesmo."
Se eu escapo do centro, da harmonia ,
revelo a face da "besta" da ignorância,
da contaminação, da ilusão.
Os ressentimentos as mágoas, apodrecem no intestino da sombra...
É o luto do coração que não elabora seu orgulho e seu ódio, desejo de vingança, retaliação.

Nossos fantasmas vivem do passado. Assombrações...
Um multidão internalizada, que fala e faz barulho na mente para distrair, agitar o medo e a raiva...

A fúria circula no sangue que alimenta o desejo de vencer, de ser o melhor, de lutar, de controlar, de roubar...
Desejo de beber sangue do opressor, do vitorioso...
A inveja fala e critica na boca do fracasso...
Meus pensamentos alimentam meus demônios prontos parta entrar em cena...

Eu quero tudo para mim e a indiferença pela dor do mundo se justifica no meu sofrimento.
Este "eu", vestido com desprendimento me seduz...
A vaidade tem gosto de vitória, fama, poder, luxo...
A Sabedoria da razão, da ciência, impõe verdades absolutas para os ignorantes, para os "pobres de espírito".
A minha sombra me diz "eu sou o melhor, o mais iluminado, mais sábio; estou aqui para guiar os ignorantes, iluminar os cegos com a minha verdade, com o meu Deus"
"Eu tenho a minha turma, somos um grupo unido, capaz de matar e retaliar os "adversários das nossa idéias."

Cada povo, tem sua sombra coletiva, seu desejo de dominação, de espoliar o outro...
Necessito de muito prazer, lúxúria do luxo e de corrupção...
"Depois do orgulho vem a queda".
A separação, a divisão fortalece a escuridão, que se alimenta da miséria humana...
O poder dos bancos, da economia, do ouro circulante alimenta com sangue dos miseráveis a força dos poderosos, da escuridão...
A tristeza, a fragilidade, o desespero a solidão apaga a chama da luz da alegria dos corações, e assim, a boca da "besta" engole a humanidade.
A passividade a indiferença de um povo, são os braços do polvo que vive da miséria, a fome dos pobres...
A "Escuridão" neste momento está
"domada", como um cavalo que a luz interior segura as rédeas.
Não posso me distrair, ela me leva ao passado.
"Atenção plena está no comando"
Ela, a "sombra" não conhece o futuro.
elanão está em movimento para o centro.
Luta para sair do centro, e está estagnada no seu egoísmo.
ela não age no presente;
Sua realidade está no imaginário-passado, funciona como um grande cenário cinematográfico, que o diretor escreve as cenas internalizadas e identificados com o desejo poder...
O ego pensa que pode escrever, controlar e traçar o destino...
Cada um vive no seu mundo interior criado por seus pensamentos virtuais "concretizados" na realidade...
Aquele que diz, que é santo, puro está cego...
Somos o que somos neste instante do aqui e do agora...
O "Eu Sou, Divina Presença" é o aqui e o agora, lugar que o ego não controla.
"Só quando o percebido é bendito, deixa o mundo das sombras e adquire a dimensão especificamente humana."
"Ele", o outro, do lado de fora, o desconhecido é o clandestino, o oculto, que se alimenta das nossas paixões, da nossa crueldade.
"As coisas que ouvimos dentro de nós - nossos pensamentos - quase nunca são nossas."
Não ouvimos a voz do outro,
a carência do lado de fora;
Estamos seduzidos pelo próprio eu,
olhamos apaixonados para nosso espelho narcísico e nos tornamos incapazes de um diálogo, da troca, do ouvir para aceitar, sem julgar, discriminar, separar.

O inferno é aqui, do lado escuro da mente...
"Quando penso, na injustiça que sofro, me pergunto:
- Por que meu Deus!
Eu não aceito, eu resisto...
Eu não confio em nada e em ninguém.
Este inferno que vivo...
Meu adversário me condenou a lutar, competir, querer ganhar, dominar, governar;
preciso lutar e se preciso matar para sobreviver e vencer".

Depois de lutar, mergulhar na sua dor, o ego vencido busca a luz,
não entende o mergulho em seu próprio poço,
na busca da redenção da consciência.


A separãção e o isolamento alimenta a ignorancia do ego...

Entrar para dentro do silêncio é iluminar a consciência.
Neste momento a autosuficiência do ego recebe seu golpe final.
Então, ele ( o eu de muitas faces) compreende que a escuridão vive em sua mente e tece seu sofrimento e cria sua realidade, tece o cenário do seu sofrimento.
A escuridão é a sombra da luz...
No centro está a integração da totalidade.
Este autoconhecimento que redime o homem...
"E não nos deixeis cair em tentação."
"Orai e vigiai'

O "eu crucificado' transcende e se torna individuado.
Ocorre a cura de uma divisão entre consciente e inconsciente, que se iniciou por ocasião do nascimento da consciência; em segundo lugar, a divisão entre sujeito e objeto. A dicotomia entre a realidade externa e a interna é substituída por um sentimento de realidade unitária. é como se a totalidade inconsciente original, assim como a unicidade original que formamos com a vida, das quais participamos e das quais tivemos que emergir, pudessem agora ser recuperadas, em parte, no nível consciente."

"O segredo do mundo é a ligação existente entre a pessoa e o evento...
O espírito traz em si o evento que lhe vai sobrevir... o evento é a impressão de sua forma.
Os eventos nascem da mesma fonte do que nascem as pessoas.
Cada criatura gera de si mesma a sua própria condição e esfera, assim como a lesma faz sua tênue casa na folha da pereira.
Um homeme verá seu carater manifestar-se nos eventos que parecem encontrá-lo, mas que surgem dele e o acompanham.
... não há acasos...
A lei rege tudo que existe..."

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