sábado, 10 de novembro de 2007

Miragens

Quando fecho os olhos

e embalado em sonhos mágicos,

que me levam ao teu encontro...

Sinto-me anjo dentre um vale de amor infinito!

Acordo e teimo em acreditar neste amor

e agarro-me à Senhora Esperança,

que me faz adentrar as horas

e tornar-me, mais uma vez, vencedor...

Se utilizo da Esperança,

para me fazer crer em nós...

Faço dela instrumento,

que me leva a acreditar

que existe lá fora corações puros,

que a humanidade, a tempo,

acordará para o amor...

Querer ver todos entrelaçando as mãos,

sem diferenças, ninguém mais disputando,

ou repartindo amor: este deve ser ofertado!

Ninguém mais temendo as ruas:

estas devem ser instrumento

de liberdade de todos;

ninguém mais julgando-se melhor

que o outrem, pois todos somos feitos

da mesma imagem e semelhança!

Esperar por um globo terrestre

sem poluição, onde os rios

voltariam a ser límpidos...

Os oceanos a ter a magia de encanto

e não serem temidos, como agora...

Ver um planeta, onde o respeito

voltaria a brilhar em todos os lares;

a droga derrotada;

a violência extinta;

a moral, respeito, amizade,

fraternidade, caridade,

honradez, fidelidade,

não fossem predicados de alguns,

mas que fossem qualidades

naturais de cada um...

Enfim,

miragens de um velho coração,

que, mesmo cansado, busca sempre forças

para poder continuar a sonhar;

assim, faço destes objetivos de minha alma,

chamados por miragem,

fonte inesgotável, dando-me o vigor necessário,

para continuar minha trajetória...

Apenas, peço:

deixe-me continuar a sonhar!

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