Como que um alter-ego, omnipresente,
observas-te de fora, aí guardando, o teu
lado mais feminino e sensual, no
gesto de outrem, que és senão tu,
mergulhando mãos, nas águas de um rio.
Um pouco mais distante, uma segunda
personagem, entre ramitos e lindas
flores, de cores, imenso fez seu sorriso,
que tu lhe deixaste, nas asas de
uma borboleta, teu desígnio a perdurar.
Assim és três pessoas, numa só, com que,
a cada qual, em evidência e liberdade,
lhes rendeste guarda, já que eras tu,
a cada possibilidade,
por ti imaginada e claramente, vivida.
Voltando a ti, única presença, em toda
a paisagem, das encarnações, cansaço
mostrando, sentaste-te na orla, do
pequeno rio, e, como ser, excepcional,
nada mais exigiste, que teu ser mulher.
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