Não entendo minha dor,
dor que dói sem ferida,
que morre e acorda todo dia,
dor de amor, dor de vida.
Meu caminho tem abismo,
tem ponte estreita nas beiradas,
tem céu onde corro a mão,
tem coragem abençoada.
Sou livre, ainda com dor,
solto, meu mundo é quente,
nas medidas sem medidas,
tenho gosto de amor fervente.
Quero saber o segredo da dor,
que corre o corpo sem parar,
cega meu sentidos do amor,
meu amor que já nem sei amar.
Toda vida que não entendo,
tem palavra mais verdadeira,
é encontro e desencontro,
das promessas derradeiras.
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