Me refugio nos meus medos,
me sentindo náufraga de desejos,
sentimentos, segredos.
Me fitando no espelho,
me vejo realmente.
Nos meus olhos, transparece emoção
minha imagem, não é a mesma de antigamente.
Bate compassado meu coração.
Nada sei de meus sonhos juvenis.
Não vislumbro fulgor no meu olhar,
foi disperso pelo mundo...
me lembra um oceano profundo.
O ritmo que me embala agora,
mudou a cadência, é outra melodia
não mais nasce com a aurora
mas, ainda mantém a harmonia,
em meu corpo de senhora.
Neste novo velho mundo,
o tempo não para e nem perdoa ninguém
não sei se encontrei o meu rumo,
vou seguindo em frente
sem saber de onde ele vem...
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