Deixa-me conjugar no teu corpo, minhas carícias sem verbo. Permite ser minhas mãos, a voz pronunciada, a conjugação calada de um sincero amor...
Deixa-me dissertar o que sinto por ti!
Prometo-te neste texto,
não me alongar, pois você é o meu pretexto para amar.
Serei para ti, teu escudeiro vigilante, teu mais fiel servo! Prometo-te ser o sujeito oculto do amor.
Serei o predicado delicado, como a pétala de uma flor, ou quem sabe teu mais adorável amante.
Deixa-me ser no teu coração, a igualdade da ação, ser a mais sincera reação no teu pressentir, e no teu sentir da emoção, a chama viva da paixão.
Deixa-me na minha dissertação, falar de ti, falar de mim, dizer de nós, ainda que não estejamos a sós...
Prometo-te nas luminárias da ação, escrever com raro esplendor, na linha do amor, ou quem sabe no teu meigo coração.
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