quarta-feira, 18 de abril de 2007

OS FILHOS MUTILADOS DO RUANDA

Oh, mundo insano, olhai para teus filhos,
Vede como eles sofrem com as guerras,
Pois tudo isso são todos teus pecadilhos,
Que em teu núcleo subterrâneo encerras.

Se eu fosse a guerra e tu a paz, trocaria
De lugar contigo, pois muito me apraz,
Ver chegar o sucinto e derradeiro dia,
Em que finalmente todos vivamos em paz.

No Ruanda crianças morrem todos os dias,
Para alimentar os senhores da guerra,
E os abutres esperam o suspiro da terra,

Para se alimentarem da carne em disenteria,
Como num gesto obsceno e contra natura,
Longe, bem longe, da mui esperada cura.

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