sexta-feira, 27 de abril de 2007

CAIS

Sopro as lembranças
que se vão com o vento e se escondem em nuvens
que de brancas, ficaram cinzas
aquelas mesmas nuvens que desfraldam temporais
e que despejam suas águas como se chorassem no cais ...
Meu peito já não grita,
abortei os temporais que naufragavam minha alma
e me afogavam em lágrimas ...
Meu porto hoje é calmaria,
mar cansado de debater-se numa luta inútil e sem retorno
restou um sussurro como se ele ao estender-se sobre a praia
a abraçasse e a molhasse com seu choro mudo
como se ela fosse porto seguro, seu cais ...
Queria que voltassem as nuvens brancas
e com elas meus mais lindos sonhos ... e o amor
então eu soltaria as amarras que me prendem
e me fazem sentir dor ...

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