quarta-feira, 25 de abril de 2007

JANELA DA ALMA

Na janela da alma me debruço
e passo a apreciar o mundo em volta.
Há tantas razões para viver,
uma vida plena de amor e alegrias.

Há na simplicidade das coisas, um mistério deveras fascinante.
Ao passearmos num jardim florido, há sempre alguma flor em especial.
E nela nosso olhar se perde, a ver as suas minúcias e encanto,
a pensar que Deus em seu delírio, criou jóias de inestimável valor.
Continuamos o passeio e crianças correndo, chamam a nossa atenção.
Tão bom o doce tempo da infância, quando se pode brincar a vontade.
Quando nossos pais nos cuidam, oferecendo formação e carinho,
pois os filhos em nossas mãos,
são valiosos tesouros de Deus.
Ali adiante, uma gracinha de cão,
ao lado de uma idosa passeando,
talvez seja ele seu único amigo,
que a livra da solidão das horas.
E mais a frente, estirado na grama,
um mendigo dorme a sua triste sina.
Os restos de comida atraem moscas.
Qual esperança acalentará seu sonho?
Sento num banco e logo a companhia de uma jovem mulher se apresenta;
tem os olhos vermelhos e fala enrolada,
chora e ri descontrolada, está drogada!
Continuo o passeio,
agora pensando no porquê algumas criaturas,
se perdem nos meandros da vida,
e se tornam pedaços de trapo.
Talvez as decepções e desenganos,
façam com que percam a esperança.
Sua auto estima perde a identidade,
e de repente sentem-se esvaziadas.
Volto para casa ensimesmada,
pois se há tantas razões para uma vida plena,
há tantas outras que conduzem ao nada.
Deito na cama e fecho as duas janelas.

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