quinta-feira, 26 de abril de 2007

FONTE

Seiva de minha alma! É de ti a água nestes veios
Cristalina e cálida na aurora que em bruma encapela
o caudal da tua estrela e em gotas naquela paralela
relembra o meu remanso, do teu colo o aconchego.


No aroma virginal desta relva que me acolhe e é tua
o incenso de teus olhos de azálea cresce e espalha
o teu suave inclinar junto ao rio e ante a medalha
venerando teu deus de amor noutro mar à luz da lua.


Nestas searas é o som de tua melodia, o murmúrio
que sacia a sede de minh'alma entregue à saudade
das silvestres flores de tua face no último dejúrio.


E no azul do firmamento vejo o delineio de tua imagem
cascateando as colinas, és a fonte, dos rios a entidade
nas vertentes da cerejeira, sagrada e eterna tatuagem

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