quinta-feira, 1 de março de 2007

VOZES ABSTRATAS

A voz que ouço, não é a sua voz, não é a minha voz.
A voz que ouço são vozes de flores,
são vozes sussurradas levadas ao vento,
sem lamúria, queixumes, nem lamento.
O perfume que me inebria, não é o seu perfume,
nem tão pouco é o meu perfume.
O perfume que me inebria são perfumes de flores
que ofertei ha muito tempo para a brisa e o mar.
O amor que recordo, não é o seu amor,
não é aquele amor.
O amor que me faz lembrar, é o amor que deixei de amar e
hoje, como as flores embriagantes, alegro-me por tanto esse amor amar.
O que busco não é o seu amor,
mas o que me extasia é a poesia feita para uma flor.

Sem comentários: