sexta-feira, 23 de março de 2007

Nova Aurora

Os sulcos que trago,Vincos no rosto,
são cicatrizes do pecado.
Mas não arredo, nem arrefeço.
Quero destruir o que me sufoca.

Quero o sol no meu rosto.
Quero ser pó varrido pelo vento.
Brisa matutina que refresca
o andar pelas ruas sem nome
- sem identidade, como eu! -

Não quero um lugar para ficar,
Sou um riacho que corre
como um desafio.

Sou chuva fustigando a pele,
o arrepio do tesão que dói de querer.
O calor do gozo que estremece
na morte e vida em segundos.

Me lês. Me vês. Me ouves.
Só quero te olhar.
Caminho em pista circular
e te vejo em cada volta
como uma nova aurora.

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