terça-feira, 27 de março de 2007

Soneto III

Acolho a dor num peito esfarrapado
que antes abrigou tantos sorrisos
o outono, que é do tempo o seu legado
mostra que a dor e ele são precisos.

Não há caminhos sem os caminhantes
não há acertos sem os erros antes
o amor transcende a julgamentos vários
não tocam sinos sem um campanário.

Não finda a vida sem que haja suspiros
não colhe os frutos quem jamais semeia
não há garimpo sem usar bateia.

P'ra suportar espalho a dor ao vento
que se transforma em pássaros felizes
levam nas asas o meu pensamento.

1 comentário:

Anónimo disse...

maravilhoso
continua