sábado, 31 de março de 2007

Ao encontro do amor

Deveríamos chorar mais vezes com olhos de beleza,
falar do amor com a boca de paixão,
elevar os pensamentos a um ser maior,
vertendo idéias e não rogando aos deuses.


Aos que surgem hoje, o medo,
volto às costas ao ontem,
deixo que as ondas quentes invadam a terra,
dos bosques, das enchentes que fluem a razão.


Pareço um louco falando do amanhã.
nada direi dos homens,
todos nus entre paredes frias de concreto,
como tuas almas dentro de um copo inútil e vazio.


Quero um dia vou ser como os iguais,
caminhar lado a lado,
carregar sobre a cabeça a luz do dia,
como o brilho do rio na hora do batismo.


Voltarei a sonhar com os olhos da mulher amada,
o sal da pele dividindo nossos corpos,
é quando me perco entre as dobras, as tuas,
da vida, dos desejos, meu e teu.


Existem linhas entre o homem e teus deuses,
apenas os sentimentos sabem o caminho,
os mais puros, não os mais ricos,
os mais sinceros e não os mais bonitos.


Meu corpo é outra vez matéria,
por algum tempo, até um dia de luz,
até o sol subir e descer milhares de vezes
ou minha alma reencontrá-la para o nosso eterno.

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