terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Desequilíbrio

Desequilibro o oposto,
passo os sonhos,
a realidade não me deu asas,
o mundo já vem completo,
com o triste, o sorriso, o amor.


Desenhei um leito e uma amante,
um lençol estendido sobre o corpo,
pedindo mais, por mais,
insatisfeita, grita meu nome,
volto a cada instante e beijo.


Jogo com meus desejos,
jogo para fora os sentimentos,
e amo, a amo,
como se fosse única,
desequilibrada, louca e vazia.


Desequilibro, desenho e jogo,
toco o céu como se fosse gigante,
não quero sonhos, nem que realizem,
vôo como borboleta livre e acasalo
no casulo da minha existência.


Deixem seus lamentos do lado de fora,
porta afora suas maldições,
entre em meu mundo e pega amor,
contamine-se do meu desequilíbrio,
deseja, toca o céu que a vida contemplou

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