quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

ATRÁS DA PORTA

Atrás da porta, de minh'alma o silêncio
um olhar delineando o papiro vermelho
e na prece calada refletindo no espelho
o eco de mim: já não mais me pertenço...
Num só delta, duas fontes em harmonia
ostentando o viço da primavera em flore
no reflexo da água haurida feito licora
suavidade das almas em sintonia.
Vibra o verbo em cadência,
só pensamentodos lábios calados
sequer uma palavra ditapois o orvalho
se faz presente no momento,e nas
entreabertas sedas e alvas rendas
o perfume da terra numa centelha infinita
desenhando o "tu e o eu", na mesma senda

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