domingo, 25 de fevereiro de 2007

ADVERSIDADES

Figuras abstractas povoam os meus sonhos,
Lânguidas paisagens do fim do mundo,
E a morte silente reaviva os entressonhos,
No barro húmido do húmus do todo infecundo.

Temo pela minha saúde mental novamente,
O corpo reage às muitas adversidades,
Tentando contudo manter-me indiferente,
Dou por mim perdido a meio a calamidades.

Ah, quem dera, ser uma pessoa normal,
Levar a vida sem grande sofreguidão,
Neste reino da besta chamada animal.

E parto, sem demoras, para outro lugar,
Não quero mais viver esta minha solidão
E de todo o mal assaz que lhe é natural.

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