sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

CAIS...

Cais.... porto de tristeza.
Seguras-me como embarcação que naufragou;
eu, nau que derivou
e se perdeu no oceano da vida.
Cais... porto de incerteza.
Com cuidado salvas-me da pungida correnteza
apoiando-me para não afundar
na luta gloriosa de salvar
sonhos devolutos pela maré das ilusões.
Cais....porto seguro.
Segurando-me nas ondas furiosas das minhas indecisões,
prendendo minha âncora ao afago das emoções,
separando-me das vertiginosas peripécias abismais.
Cais....porto escuro... Mas
clareado pela lua separada
que margeia o céu dessa enseada
quando perdeu o rumo, o meu navio.
Espero resoluta e embevecida,
as mudanças do tempo que decida
o navegar na fortaleza que refaz
no luzidio confortante desse Cais.

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