sábado, 8 de maio de 2010

Filha-mãe

Filha-mãe, alento nas palavras,

nunca ásperas, nunca o silêncio,

nasceu bem depois e trouxe amor,

volta os dias, as noites, todas as atenções,

em teus braços frágeis, dá abrigo.







Filha-mãe, amor que protege o amor,

que fica ao redor sem apertar,

aperta sem sufocar,

desperta a fome de vida, sacia a saudade,

ama sem preconceito e se entrega.







Filha-mãe, amor sem medidas, sem mentiras,

corpo franzino e esguio,

tão pequena e tão forte, não como um deus qualquer,

uma lua que surgiu no meio do meu céu,

o cuidado com alma de anjo e rosto de filha.







Filha-mãe, quantas vezes fui somente pai,

hoje me vejo noutro lado do coração,

recebo amor, não o que dei, infinitamente diferente,

sem medos, sem cobranças, sem censuras,

como não acreditar e aceitar o amor de filha-mãe.

Sem comentários: