terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Do amor perdido

Do amor tenho perdidos os sonhos,

também grandes altares construídos no alto

do encantamento pouco e arrependido.





As mortes fazem festas pelas ruas,

os corações ficam aos pedaços,

pela vida ao meio, nos convidam a partir.





Tal como o meu corpo, era por ti minha vida,

as mãos que te tocaram eram as mesmas,

hoje, não te dirão dos ontem(s) e amanhãs.





Explodi em pedaços de dias e noites,

perdi os caminhos do sexo que me chamava,

negra era o hoje e nada por mim ou por ti.





Não a encontrei, e gritei aos poucos ventos,

alucinei, ouvi mares que jamais existiram,

molhei em ondas invisíveis do teu gozo.





Números e estradas, já não sei quais, a perdi,

momentos de simples alegrias pararam,

não mais te encontrei, não mais me encontrei.

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