domingo, 10 de janeiro de 2010

DE REPENTE...

De repente..
Imaginar os passos
O som lento
A construção da tristeza
Mergulhei no silêncio
Sentí a minha vida
Estampada no rosto assustado
Minhas mãos presas
Diante do circo.

Às lágrimas saltavam de minha dor....
Não havia alegria
Nos meus lábios não havia mel
E não encontrei resposta
Às minhas perguntas
Procurei...
Busquei no céu
E as estrelas seguiram
Indiferentes seu caminho...

A tristeza vence
E a morte do tempo
Transborda neste azul
Feito de saudade
Apressei meus passos...
O frio e a solidão
Procuraram abrigo
Percorreram meu corpo
Vencido pelo cansaço do silêncio

De repente...
Erguí meus braços perfilados,
Feito águia
E voei para dentro de mim...
Para te encontrar...

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