Fico daqui, escondido...
Feito objeto perdido.
Mas que traz como marca o sorriso, que certeza tenho, nunca em mim se extirpará.
Fico daqui observando gritos e frenesis.
Alegrias e desalegrias, e o pior, o instante mor, do que se desenha um mal capital: o dissimular. Cerca que antecede o pedido de entrada, e que se veste como motivo de saída.
E a vida?
Por onde será que ela se meteu?
Ela nada soma,quando secreta.
Ela é sem valia, se somente vagar pelos sonhos meus.
Pular. Observar.
Já nem sei se o escalabro, mora no grito solto ou no silêncio do corpo, que embora absorto, ja sabe e tem de cor a roupa que lhe cabe.
Talvez vergonha.
Talvez sensação de querer ser entendido.
Talvez até razão de não aparecer. Pra quê?
Não sei se esse meu jeito sonso, faz-me ser absconso...
Enquanto penso, procuro entender a razão do meu escrever não viajar alhures.
Talvez meus instantes escritos, tenham nuances finitos.
Ou talvez, eles não ganhem sentido, quando desenvolvidos pelo meu coração, e transcritos pelas minhas próprias mãos.
De qualquer forma, amorfo ou fazendo vulto, fico aqui oculto até que dia se faça.
Sempre escrevendo, escrevendo...
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