Perdoe-me
esta tentativa de varrer-te a intimidade,
de tentar penetrar-te,
invadindo os teus ocultos espaços...
Demência de quem ama o brilho de um olhar e,
através dele, viaja para dentro de seu próprio ser.
A imagem tua espelha a minha e,
num convite excitante,
irresistível, cálido, chama-me a desvelar-me através de ti.
Eu procuro no não dito o irrevelável,
os abismos que nem tu julgas possuir
Entro por ti pelos poros, pela pele,
por cada célula e te sinto a pulsação, o odor, o gosto...
Gosto de sal, gosto de mel, gosto de amor...
Eu não entro para julgar-te
E sim para amar-te, até em meio às imperfeições...
Entro em ti porque preciso entrar em mim e descobrir,
através de Teu Ser Total, a
Minha Humanidade a brilhar nos olhos teus.
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