sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

O TEMPLO

Pois que em ti vacila o lamento
sagrado templo! que de mim fizera
ser em teu alpendre uma aquarela
revertendo as cores a teu contento!

Não te encobre, a densa mata
em chama ardente que se consome
e o céu cinzento que assim revolte
pois não desprende! da fasquia a fina prata.

Em teu lenho a seiva que escorre
num novo tom à esta invernada
aquece os poros e me socorre!

Resoluto e soberano prevaleces
àquela tempestade se me aguarda
seguro... nos madeiros em amor e prece.
Milamarian

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