sexta-feira, 14 de maio de 2010

RELACIONAMENTOS DURADOUROS

Muita gente se pergunta por que certas uniões resistem bravamente ao tempo, vencem problemas, desentendimentos. Superam crises e até mesmo desgraças, e permanecem intatos, ao passo que outros, esboroam-se ante as primeiras crises. Como se explica isso? Vamos tentar fazê-lo.

Inicialmente, sempre há uma atração física. Duas pessoas se olham e sentem que entre elas existe algo, como que uma corrente elétrica que as atrai. Esse é o primeiro passo.

Depois, começa a existir um namoro e nessa fase tudo são flores. Te amo, te desejo, te quero, beijos mil, jantares à luz de velas, logicamente motéis, e está formado o casal perfeito... pelo menos em uma das partes de um relacionamento. Importante, é claro, mas não a mais importante, a mais determinante de um futuro entre ambos.

Passada a fase de "fogo", começa a mais perigosa. A convivência. Para que a convivência seja agradável, é necessário que haja, desde o início, uma certa afinidade de idéias, de pensamentos, sendo esse o primeiro passo para a solidificação da união.

Essa afinidade inicial é que vai possibilitar que haja um futuro entendimento. Vocês hão de convir que são duas pessoas, criadas diferentemente, que vem trazendo certos hábitos por vezes muito arraigados, e não é de um momento para outro que a coisa toda se entrosa.

Requer muita paciência, muita compreensão, e principalmente, muito diálogo. Assim, poderá haver o principal requisito, que é o respeito ao espaço alheio. Uma das máximas a serem seguidas, é aquela que diz: Seu direito termina onde começa o meu, e vice-versa. Sem isso, gente, dificilmente haverá futuro.

Analisem comigo. Se um dos dois quiser impor seu ponto de vista, quiser dirigir soberano e absoluto os destinos do casal, a coisa rola por algum tempo. A uma certa altura o parceiro subjugado se rebela com essa situação e se revolta. Claro está que o dominante não vai querer perder seus privilégios após tanto tempo. Resultado? Fim de papo. Cada qual para seu lado, e isso, após brigas desgastantes, sempre trazendo mágoas e rancores para os dois lados. É hora da "lavagem da roupa suja".

Esse, sem dúvida é um dos motivos que determinam a separação de casais após muitos anos de convivência, mas não de uma convivência, digamos saudável, pois um deles era apenas o complemento do outro. Até a hora em que se cansou desse papel secundário e resolveu proclamar sua independência.

Existe uma infinidade de causas para que surjam desentendimentos. Uma crise financeira, que provoca a eterna discussão sobre "de quem é a culpa".

O nascimento de um filho, que fatalmente vai provocar uma "divisão" de atenções. Muitos maridos não aceitam que sua esposa não seja mais aquela gatinha perfumada que sempre o recebia com todas as atenções do mundo.

Agora existe aquele monstrinho que chora nos piores momentos. Que faz com que o perfume francês que a esposinha romântica usava, passe a se chamar "Cherô de cocô"... Então o marido ciumento começa a se afastar, a procurar outras companhias, ao invés de procurar participar da alegria que esse filho pode proporcionar, ao invés de vivenciar com a esposa, trocando idéias (e fraldas também) toda a felicidade que está no ar (mas não em sua cabeça dura). Isso o que é? Falta de compreensão, falta de diálogo.

A passagem do tempo também cobra seu tributo. Claro que com a idade o ímpeto sexual arrefece. Nem todos entendem isso. Por vezes se queixam com amigos (ou amigas), reclamando que antes era isso ou aquilo, e agora só quer dormir.

Ao invés de reclamar com terceiros, procurem manter um diálogo honesto. As razões, os sentimentos, devem ser expostos claramente, sem subterfúgios. Se for o caso, procurem ajuda especializada. A medicina está muito adiantada nesse ponto. Tanto a frigidez como a impotência podem ser tratadas e curadas.

Mas vejam bem, isso é indicado se após um diálogo franco, honesto e aberto, AMBOS chegarem à conclusão de que ainda querem sexo, e que, apesar do sexo não ser a parte mais importante para uma boa convivência, ainda é desejado por ambos.

Por vezes, ficar sentados juntos de mãos dadas, e com muito amor e compreensão no coração, é bem mais agradável do que um sexo cansado e sem vontade.

Existem ainda outros fatores que podem ser determinantes para o fim de uma união, mas basicamente são essas as principais causas.

E a grande "fórmula mágica", tão difícil de ser encontrada por muitas pessoas, se resume nisso:

AMIZADE. Tem que haver uma grande dose de amizade entre ambos, para que possa existir o item seguinte, que é

COMPREENSÃO. Ambos devem saber que, por serem duas criaturas criadas de maneira diferente, forçosamente surgirão pontos de atrito. E, para que as arestas sejam aparadas, e a engrenagem funcione normalmente, temos que passar para o item mais importante, que é

DIALOGO. Esta é realmente a "conditio sine qua non". O diálogo franco, aberto e honesto, reafirma a amizade e traz a compreensão, e aí sim, podemos ter o

RESPEITO. Ponto importantíssimo. Os parceiros precisam se respeitar mutuamente. É importante saber reconhecer o espaço do outro, e respeitá-lo, para ter o seu igualmente respeitado. Ninguém é dono de ninguém. Ninguém é dono dos destinos de ninguém, para querer dirigir tudo com "mão de ferro", e principalmente querer que tudo corra conforme seus desejos. Se um casal é formado por duas pessoas, tem logicamente que haver um consenso sempre que qualquer decisão tiver que ser tomada.

Podem pensar que me esqueci do Amor. Claro que não, pois é a base de tudo.

Creio haver dito tudo. Para os casais jovens, espero que seja útil para que sua união seja duradoura. Para os nem tanto, vai um pequeno aviso, sempre é tempo para se começar um diálogo. Se a união compensa um investimento, pegue um empréstimo no Banco do Diálogo, e troquem idéias. Sempre se pode chegar a um entendimento.

Se a lição chegou tarde para outros, paciência...mas sempre pode servir para novas tentativas.

A vida é muito boa. Só temos que saber vivê-la. E com amor no coração é muito melhor.

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