domingo, 21 de março de 2010

Ventos de outono

Plantei meus sonhos no outono,
separei nossas distâncias,
sorri ante o vento frio,
à noite o sono não veio, nem você...



A chuva cai, gotas me machucam a alma,
sou terra árida, minha paixão ainda virgem,
tento sonhar, só vejo luzes e relâmpagos,
a boca está seca, sem gosto, sem beijos.



Amo, como se amasse por todos do mundo,
separei folhas de árvores que pareciam mortas,
guardei como minha vida, seiva, sangue, amor,
amanheci outono, pareço morto e mais apaixonado.



Ainda tenho raízes de velhas tempestades,
fui verão e inverno de muitos amores,
hoje conto minutos, horas, dias sem você,
quero ser seu sonho antes do sono, sou amor.

Sem comentários: