domingo, 21 de março de 2010

Outono de ti

Sem ti amanheço outono,

as janelas do céu permanecem fechadas,

o sol não tem mais o dourado,

é como se tudo parasse quando a porta bateu.





Amanhã também partirei de ti, se conseguir,

talvez fosse a solução arrancá-la do peito,

deixar que meus sentimentos não fossem teus,

em vez de sonhar noite inteira com teu corpo.





Um dia meu sangue volta a correr as veias,

no céu o azul vai tingir como se fosse sonho,

não vou insistir para que volte,

talvez o tempo a convencerá deste amor.





Ontem fiz uma pintura do teu rosto,

nele estava escrito tudo que sonhamos,

somos como uma árvore, galhos, folhas,

os frutos, beijos que caminham até a alma.





Não consigo ir sem ti, continuo a esperar

neste meu canto que também é teu,

falta o sim, o abraço, o beijo,

para completar o quadro, a moldura do ''te amo''.

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