sexta-feira, 12 de março de 2010

Inveja

Não é o sol que queima a alma,
olhos são punhais que penetram
seus brilhos cortantes na carne,
uma lamina invisível que fere de morte.


Vejo o outro como um igual,
o abandonado, o diferente, pode ser você,
desejamos ser fantástico,
mas somos reais, filhos de um só Rei.


Ter amor é não ser indiferente a outrem,
o mundo não gira a sua volta,
somos o que nossos olhos veem
e o que fazemos de nossos atos.


Não tenha inveja do que és incapaz,
trabalhe, construa seu próprio bem,
a vida não se resume no prazer de ter,
mas nas vontades e a força de conseguir.


Seus olhos frios não podem ser espadas,
o calor vem da alma, das ações,
os brilhos se transformam com seu valor,
o caminho é simples e sem ônus.


A inveja reflete suas formas ruins,
os desleais se agrupam a sua porta,
o fantástico é irreal e inconsequente,
o ouro não é passaporte para felicidade.

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