domingo, 25 de outubro de 2009

Condenados

Não... Não podíamos seguir nos digladiando.
Que coisa amor meu... O amor nos enlouqueceu!
Vivíamos os dois pelos cantos... Chorando.
Porém, nosso amor jamais acabou ou arrefeceu...

Não é mais possível seguir... Que pena!
O mundo conseguiu de vez... Nos desunir.
Com seus tabus, destruiu nossa vida serena.
Que nos livre Deus... Do que está por vir...

Longas e intermináveis noites sem luar...
Vazio no coração, nos recantos da alma.
Sem poder esquecer ou deixar de amar!
Sem karinho, sem paixão, sem calma!

Nenhum milagre do céu... Irá de nos salvar.
Fomos condenados pelas cruéis profecias,
Jamais poderemos... Livremente amar...
Nos aguardam fantasmas, ruas sombrias!

Entretanto, ainda sente sede a minha boca...
Meus poros expelem brasas e doces cheiros,
Nos meus ouvidos ecoa sua voz suave e rouca,
Como mil diabinhos e poderosos feiticeiros...

Não... Não poderíamos seguir nos digladiando,
Não podemos mais voltar ao tempo da esperança,
Mas seguiremos sofrendo... Amando, amando!
Abandonados no mundo como duas crianças!

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