segunda-feira, 1 de junho de 2009

Quase sem vida

A vida não cabe em meio a tantos segredos,
o corpo parece dormir em silêncio perpetuo,
nos olhos pedaços simples de esperança
que reviram os pensamentos quase mortos,
fazendo urrar desejos por todos os poros.


Sou filho da décima terceira hora depois da meia-noite,
tenho carne dura e alguns sonhos de amor,
levo na mala roupas que um dia vestirá um corpo,
perfumes que fazem tremer qualquer amante,
muitas chaves de portas que abrem para liberdade.


Carrego um pouco a mais do otimismo do mundo,
tinjo de branco cada tijolo das prisões que fiquei,
retirei os ponteiros das horas que não sonhei,
fiz-me vagabundo louco, como dizem,
até que outros olhos entendam minha paixão.


Hoje acabo com meus próprios medos e vou,
caminho cabeça ao alto, mãos livres das algemas,
sou hoje a rua principal de um amor qualquer,
luz d'alma de uma vida que cabe dentro da minha,
não quero céu, apenas a paixão que cabe no peito.

Sem comentários: