quarta-feira, 24 de junho de 2009

Meu menino...

De vez em quando sinto que estás perto,
Como quem tenta, em vão, compreender,
que tendo sido um sonho precioso,
tiveste que partir... E sem querer!

O teu olhar parece conivente,
sempre empenhado para me agradar,
e fico a imaginar a tua voz,
a me dizer que estais a me esperar...

O mesmo jeito vivo e curioso...
Os mesmos olhos claros, penetrantes,
do amor que me ajudou a dar-te a vida,
na rica parceria dos amantes.

E as tuas vestes, tua fantasia,
vi tantas vezes o teu pai usar,
desse teu jeito livre e displicente,
parece até que vieste me lembrar...

Só peço, por favor, que não desistas,
por mais que eu me demore, chegarei,
nesse mundo distante aonde estás,
e finalmente, entendo, te abraçarei!

Como não pude nunca, te abraçar!
E só Deus sabe o quanto eu desejei,
poder também, ter esse filho amado,
a me sorrir do jeito que eu sonhei...

Mas nem tudo na vida, se consegue...
Querer não é poder - hoje aprendi.
Mais pela dor, que pelo amor, eu sei...
Mas não duvido: foi o que mereci.

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