sexta-feira, 26 de junho de 2009

Não estou desistindo, poesia...

Não... Não estou desistindo, poesia...

Estou apenas deixando de sonhar,

De fantasiar... E receber ninharia...

Um dia... Se tem que acordar...



Abandonar a tola e infantil esperança,

Que tudo é belo e todo sentir singelo.

Retomar a árdua e tão cruel andança,

Esmagar no coração o doce anelo...



Não estou desistindo, minha poesia,

Minha fiel e eterna companheira...

Estou extirpando a minha anomalia

De acreditar no afeto a vida inteira!



Não, minha poesia, não estou desistindo.

Estou convalescendo da enfermidade...

Que me fez paralítica... Cega e surda...

A todos os gritos da senhora verdade!



Despertando do sonho de uma vida...

Espantando os fantasmas do porão,

Pedindo à paz que me dê guarida...

Cicatrizando as dores do meu coração.



Não... Não estou desistindo, poesia...

Jamais relegarei tua presença bendita.

Farei versos e rimas cheios de magia,

Até que minha existência seja extinta!



Não... Não estou desistindo, poesia!

Desistir de ti... Seria desistir de mim!

Uma desleal, imbecil e brutal covardia!

Seguiremos em frente... Até o meu fim!

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