terça-feira, 23 de junho de 2009

Parei o amor

Risquei a labareda, apaguei o corpo,
não ileso, soltei pedaços pelo caminho,
do meu destino nada resta,
sinto-me como um mendigo do amor.


Cada dia me faz parar um tanto mais,
não sei até que ano dormi,
a esperança foi minguando a cada noite,
viver não é esperar, amar não deixa cansado.


Já não sei pedir, já não sei de nada,
nada foi prometido, talvez precisasse,
não queria perder o gosto,
o tempo está gastando meu sentimento.


Olho no espelho e nada mais reflete,
o verso já não tem graça se ela não lê,
parei um pedaço e outro e outro,
não sei jogar, parei o amor, parei a vida.

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