sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Verde olhar

Eram tão inocentes meus pecados
Que Deus sorria ao ver-me praticá-los
E até já se esquecia de contá-los
Para depois no fim serem julgados.

Eram tão delicados meus carinhos
Que a Santa mãe de Deus se comovia
E em surdina, sorrindo, me dizia
Para nunca sair dos meus caminhos.

Mas um dia, o demónio, esse malvado,
Veio de mulher louca disfarçado
E quase, a inocência, me roubou.

Tu passaste por mim naquela hora
E se ainda estou puro como outrora
Foi o teu verde olhar que me salvou,

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