quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

EM VERSO E ROSA

Flores não murcham por falta de água apenas...
Empalidecem quando não são cheiradas,
quando os olhos não cobiçam tê-las para si,
quando a beleza das pétalas,
já tanto faz se um dia o fez...
Perdeu a vez!
Como um velho cancioneiro, jaz
num canto qualquer das boas lembranças...
E lá vem o poeta,
choramingar, gotas de orvalho
num despertar sem graça da alma...
Não vê poeta tolo?
Choveu toda a madrugada!
Orvalhar, só deixará a esperança enrugada!
Entorna a viola no saco,
sai de mansinho
enquanto dorme o jardim...
Ninguém te ouviu,
nem viu,
talvez a flor mais sensível sentiu...
Verá depois,
saberá mais tarde
se em algum peito o amor ainda arde...
PERSEVERA!
Amor não combina com investimento,
vê, lá se isso tem jeito?
Não tem rima, nem cabimento!
Amor, é amor e pronto!
Tonto
é quem não acredita
na força de um amor
cantado em prosa
e no encanto tão simples de uma rosa!

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