segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

CRIANDO UMA NOVA CONSTRUÇÃO

Das lembranças que eu tenho de minhas passagens
Sempre procuro tirar proveito
Como no depositar de um tijolo sobre outro tijolo
Vindo uma massa no seu separar, mas que o faz grudar
Criando assim uma nova construção...

Das lembranças que me vêem a tona
Era preciso construir para se progredir
Mas que progressão seria essa de que tanto se falava?
Quanto mais se esforça para desenvolver um melhor trabalho
Menos se ganhava para o sustentar
Quando um dia será que o brasileiro em seu governo
Poderá confiar?

Abraço meus livros
Nessa tão duvidosa história
Onde mais procuro me aprofundar.
Que progresso é esse que tanto nos mostra a história
Se nós brasileiros fome continuamos a passar.
Isso é progresso ou ingresso para que a morte
Mais rápida venha nos chegar?...

Nos livros faço-me perder em suas páginas
Quantas vitórias quantas lorotas
A farda nos pisa e mata nosso aprender nosso ensinar
O brasileiro trabalha produz em busca de uma luz
Mas as fardas e coturnos brilhantes com seus tanques
Continua a nos pisar, massacrar e humilhar...
Quando será, que um Brasil brasileiro poderemos acreditar,
De podermos viver felizes alegres cantando
Nos parques da vida com nossas famílias a sorrir e a brindar?

Perco-me em minhas simples e puras lembranças
De um menino alegre que com orgulho
De nosso Brasil seu hino aprendeu a cantar
Mas hoje, aqui parado vejo esses soldados a marchar,
Mas o que fazem para que o Brasil venha melhorar?

Quantos já se foram
Quantos suas famílias já deixaram órfãs
E essa farda, essa farda ainda consegue
Com seus brutamontes selvagens homens
Um desfile organizar
E o povo, tão sofrido povo, para esses
Abacates de fardas palmas se deitam a aclamar...

São músicas proibidas
São peças teatrais censuradas
São músicos poetas escritores exilados
E o povo na ignorância dos acontecimentos
Continuam palmas a baterem
Para que continuem com essa miserável fome
Que por fim fazem por merecerem...

Nas páginas de minha vida
Ainda jovem sonhador
Acredito que um dia
No Brasil se plante o verdadeiro amor
Onde meu povo alegremente dar-se-ão as mãos
E realmente alimentados empregados
Ganhando um justo salário
Cantaremos a paz
Cantaremos o amor
Cantaremos a certeza
De sermos um verdadeiro povo
Sem temer as fardas que plantam ódio pavor e horror...

Despertai-vos oh! brasileiros
Estão dominando e tirando o que é nosso
E ofertando para os estrangeiros...

Despertai-vos oh! brasileiros
Pois na data de hoje se resume nos gastos que fizeram
Onde em nossas panelas continuará a morada da fome e do desprezo
Onde nossas almas em relevos continuarão a chorar seus mortos
Enterrar seus corpos e suas vidas se perderem num só duvidar...

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