Hoje é dia de sorrisos e de mil canduras,
É dia de nossas crianças, suas ternuras;
E é vê-las brincar à cabra-cega, ao arco,
Num movimento que nada tem de parco.
É dia de estar com elas e de escutar seu
Clamor entusiástico; eis assim também eu,
Quando criança, não tinha medo algum,
Pois que dos homens não temia nenhum.
Hoje as coisas estão diferentes, cuidados
É preciso, quanto à maldade das pessoas;
Que os pais não sejam aqui descuidados.
Deixá-las brincar, no seu mundo aparente;
Saiamos à rua e cantemos-lhes brios e loas;
Assim crescer, sem o vil dístico tão doente.
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