sábado, 27 de outubro de 2007

Relacionamentos reais por meios virtuais.

Onde ou quando desta forma que me revelo poderia,
transparecendo como numa vitrine o que um dia senti, o que sinto, meu dia a a dia?
Onde veria almas que se mostram com seus livros dos sentimentos abertos
onde lemos, suas paixões, seus carinhos, seus afetos ou suas ilusões e desilusões?
Onde me afeiçoaria a pessoas que num vi, muito menos uma palavra troquei, senão aqui
Sinto-os amigos, verdadeiramente em alma amigos, que me leem que os leios, todos os dias?
Me delicia , ver todo dia, a beleza interior de tantas pessoas, que de outra forma , nao veria
Me extasia, ver tanto talento, tanta arte, tanta beleza, que se perde nesta vida inteira
nos interiores de anonimos seres, que vemos a luz do dia, e nem um bom dia,
onde o preconceito, as formas, as insituições ou na verdade o medo de um tolo senso de ridículo nos esconde, verdadeiros tesouros ambulantes, que passavam, ou que passam escondidos toda uma existencia.
O medo, o receio da exposição a luz fulgurante dos comtemporaneos, quiçá doutos ou presunçosos criticos, intelectuais, que mais se projetam nas avaliações deletérias terceiras que em suas próprias obras, anonimas criações. Aqueles que descobriram em si a verdade.
Neste mundo de contos, versos, prosas, cronicas ou poesias, sinceros e puros na sua grande maioria, descobri um mundo onde não impera nem o cinismo, nem a hipocrisia...Um mundo sem rostos, um mundo cheio de alma, onde todas essas pulsantes sensibilidades agora se refugia.
Mesmo sem o tradicional material real, do criticamente conceitual de selecionar seja pelo visual, seja pelo status social, seja pela capacidade financeira ou o seja de tantas outras besteiras, nos ligamos, nos envolvemos, nos afeiçoamos e ainda com a devida atração, nos amamos....amigos, confidentes, amantes, amados e amados encontramos...
As manchetes rotulam, carimbam de "amigos virtuais", "amores virtuais", como se existisse uma classe digital de amor, sem considerar que de um ou de outro lado da tela existe um Ser, que se relaciona por este meio, como um dia o foi os correios, ou as concessionárias telefonicas e não me lembro ter visto ne ouvido falar de Amor correspondencial, ou Amor telefonico...mas hoje por ser um meio mais rico mais dotado, somos classificados de virtuais....
Realmente é interessante conhecer primeiro a alma depois, quem sabe, o corpo, primeiro a essencia depois a aparencia...
Testemunho que por aqui me relacionei tao bem e em algunas situações muito melhor que no nosso mundinho real, sem excetuar nosso virtual do real, mas, apenas, como relacionamentos reais por meios virtuais.

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