quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Quando o pousio ataca.

Penumbra ciliar de pestanas inquietas, fantasmas de retina ferida, mil sis.
To fcil ver para dentro. Sem fora. Espaos rasgados, contornos irregulares
Arco-ris, cascata indefinida, sonolenta e agreste, mcula de proscnio
fragmentado. Roturas, iluses. Momentaneamente, um enorme ponto negro.
Depois, s luz. Dolorosa.
Nasceu poema. Acarinh-lo vocao e o sentimento comanda. Ordenados, dedos
mirrados buscam ogivas csmicas. Afloram ritmos de posio relativa,
procuram eros no universo, quase sombra, quase nada, quase tudo. Falanges
orbitam epidermes, brotam emoes. Tudo se desmorona. Realidade, apenas foco
Quimeras. Fogem. Nunca se deixaro colher por terrqueas mos.
Olor de primavera pinta de sonho a no realidade. Tudo nada e nada emana
odor de corpos entrelaados, aroma de flores humanas que se do e trocam,
bodas de florescncia amorosa, deliquescente. Eternizam-se estaes de vida,
transferem-se para alm. Delicodoce, mistura de hmus e rosas, terra e vida,
falsa promessa. Sempre foi.
Melodia tnue. Recrudesce. Rudo. Ausncia de som entre fmbrias de
intelecto. Crnios vazios, ferocidade, pensamentos no cho.
Papilas chovem caminhos de macadame, msica que j foi pauta, recordaes
noctvagas, falar difcil, lngua grossa, mar Adamastor.

Alvorada demente dos sentidos, dor que fica. Felicidade vai.

Sem comentários: