quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Sentada na beira do cais

Sentada na beira do cais
Assiste as ondas se despedaçando
Contra as duras rochas radicais

E a espuma branca
Que se forma na superfície do mar
São como as águas quebradas
Desse seu desesperar

Porque em seu mar de dentro
Lágrima tão salgada
O suspiro tomou lugar do vento
Nessa hora castigada

Sentada na beira do cais
Como força de lamento
Vê o contrário das colisões reais

As rochas é que são suicidas e fatais
Batendo-se desesperadamente contra as ondas
Para se quebrarem e não existirem mais

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