Ah, moça, quisera ser o teu poeta,
aquele que lês e sonhas...
O homem a quem mostras a alma,
em tuas noites tristonhas!
Minha poesia é tua!
Despida de qualquer vaidade...
Versos que falam em suave brisa,
de toda esta minha saudade !
Sempre foram tuas,
enquanto poeta eu fui!
Nas tantas vidas que nos abrigaram,
és ainda a inspiração que me conduz !
Quando deixar de ser,
na dor maior que me infesta,
morrerá o homem que te amou,
com certeza, morrerá o poeta !
Talvez em alguns segundos,
lembrar-te-ás de mim com saudade...
Não há quem escape das lembranças,
que chegam em qualquer idade!
Das minhas poesias, lembrarás...
Palavras ditas em versos!
Do amor dedicado noite e dia,
em teus pensamentos dispersos...
Ah, moça...quando trovejar e a chuva cair,
trazendo a vida escondida na secura...
Brotando as flores de teu jardim,
lembrar-te-ás de mim,
no renascer das criaturas!
O teu poeta eu quis ser,
talvez, não tenha conseguido !
Ah, moça, se viva estiveres e for
chegada a minha hora de morrer,
entregar-te-ei ainda meu último sorriso!
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