terça-feira, 25 de setembro de 2007

Meço a Palavra

Meço a palavra
na folhagem lírica
de um poema perdido

A sonância das sílabas
percorrem lírios no campo
da florista do meu bairro

Letra a letra
se constrói poesia
no mero acaso da sabedoria

São lágrimas no papel
na esperança infantil
de um poeta sibilino

As palavras
são corças a correr
por rios do amor

Num desfiar incógnito
é a travessa escorregadia
num monte de consoantes.

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