sexta-feira, 19 de março de 2010

Vadia

Quero tua boca vazia do veneno
quando amanhece a luz do dia,
quero gemidos com voz rouca,
fazendo amor e amando ser vadia.


Reclama quando vou embora,
também quando fico muito perto,
beija e abandona toda hora,
só vem quando o prazer é certo.


Abana o fogo entre pernas,
que arde de tesão quando atiço,
é veneno que corre corpo abaixo,
de arrepio espinha como ouriço.


Enrosca como cobra no meu sexo,
quase se afoga com suas gulas,
com força vem alivio aos jatos,
lambuzando do veneno que ejacula.


Quando ama gosta de ser vadia,
reclama muito de coisa tão pouca,
quando vou e seu mundo esvazia,
grita forte e me chama como louca.

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