terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Segredos da Alma

Trago nos olhos
A saudade febril dos sonhos
A ausência constante da cor
Na cantiga presente no amor

Ouço dos lábios da lua
Palavras duras e cruas
Minha boca hoje tão nua
Destila o fel da desventura

Meu coração tão vazio
Num aperto total desvario
Um opaco cristal sem valor
Em pedra lapidada na dor

Meus sonhos sem enredos
Diluem no ar e entre os dedos
Persiste a lágrima que escorre
Num rosto exangue que morre

Esta flor ressequida
Que hoje se vinga sensitiva
Jaz sem guarida esquecida
Segredos da alma doída!

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