Que sou amor que vem e vai embora,
Algum romeiro louco, peregrino,
Que anda a rodar nos passos do destino
Como sendo alcatruzes duma nora.
É um amor sem tempo, não tem hora.
Mas deita-me em seu colo de menino,
Mostra-me tudo que há de mais divino
Mas nunca sei o tempo que demora.
E quando, enfim, volta em seus regressos,
Ouço o som colorido dos seus versos
E logo me despeço da saudade.
O seu amor de louco é tão intenso
Que nos meus devaneios até penso
Que esses momentos são a eternidade.
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