quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Sina de poeta

A janela foi aberta,

entre minha amiga sina

aporte em meu cantinho de fantasias

e faça-me labutar por esta folha

sem pautas, no aguardo de pontos

e vírgulas entre tempos e espaços

versados em mudos gritos do lamento!



Ah! sina

bela entre belas,

venha, faça-me escancarar

minhas tristezas e debulhar

meus rancores em insanos e

tenros escritos desaguados

por minhas faces do destino!



Ah! sina

fera entre feras,

venha, faça-me erguer

meu partenon na ponta deste

tinteiro de olhos empapuçados

e deixar nas entrelinhas textos,

interrogações que

nada dizem,

nada fazem!



Ah! sina

musa entre as musas

venha, faça-me escalar

minhas montanhas no orvalho

desta noite sem luar e conduzir

meus dons, devaneios e

fazer com que cada verso

tudo diga,

tudo faça!



Ah! sina

palavra entre as palavras

faça-me chorar e derramar

nesta folha sem pautas

todo o sentimento

todo o entendimento

todo o amém

do meu coração!

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