Bastou,
o primeiro acorde ecoar,
para o giz ganhar vida,
naquela lousa fria e vazia,
palavras de um quiçá,
meio insano, meio dinâmico,
encastelando por verbos
apaixonados,
o olhar colorido,
a flecha enaltecida no cantar!
Vi em você,
um novelo de versos
equalizando a luz,
quebrando o silêncio, esvoaçando
em céus, em véus,
apresentando-me seus sonetos
cravejados em ternura,
vislumbrados em paixão!
Vi em você,
o teorema Afrodite,
semeando o êxtase,
na muda parede, arpejando
em vozes, em delírios
envolvendo-me em seus sonhos
bordados em lantejoulas,
emoções de eternos fulgores!
Vi em você,
a lágrima pingente
brincando com o tempo,
colhendo o segredo
em leques, em gemidos,
descrevendo-me em seduções
cultuadas em ósculos,
o amor em régias do coração!
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