quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Despedida

A despedida degenera minh'alma bruta,
na volta a saudade é pouca,
como outras três estações que não vem,
inferno é outono, magoa louca.


A dor voa o corpo ponto a ponto,
espalhando odores de ervas daninhas
sobre o aroma dos beijos nossos,
como não fui teu, nunca fostes minha.


Desperta-me do pesadelo por ora,
caminho na chuva que a paixão banhou,
vou vento afora como foi a tempestade
do amor que amei e nunca me amou.


Devolvo a vida, a carne e meus sentimentos,
despeço-me dos abraços da pseudo amada,
até um dia, até uma noite quem sabe,
retorno meus restos e com alma regenerada.

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