quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Vestida De Amor

Corpo alquebrado pelas lutas árduas da vida
Nas quais me fiz guerreira

Vencedora de quase todas as batalhas

Cadê minha coragem minha audácia

Cadê minhas medalhas meus estandartes

Cadê meu comandante?


Fiz-me amor folhas ao vento levadas sem rumo

Barco à deriva velas esgarçadas

Calmaria vendavais

Navegante em busca de um poto seguro!



Ah solidão que me maltrata

Arranca do meu peito o coração

Noites frias escuras insones

Olhar ausente voltado ao passado!


Deixei para trás o que eu mais amava

Não vi nem senti o sal nem o sol

Aprofundarem os sulcos do meu rosto!



Onde minha vida minha felicidade

Se hoje nada mais encontro
Nem mesmo o pouco de mim

Que deixei ficar em cada porto!


Apenas migalhas desfeitas restaram ao relento

Umedecidas pelo orvalho frio das madrugadas

Onde outrora à luz da lua e o brilho das estrelas

Tu vestias-me de amor!

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